A natureza humana

Temos ou não temos uma natureza pra chamar de nossa?

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9/13/20242 min read

a woman in a red shirt is in the water
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O que torna você quem você é?

De imediato, talvez, tenha pensado no seu nascimento, nas suas escolhas ao longo da vida, nas relações que desenvolveu, nos filmes que viu, nas músicas que ouviu. Mas isso tudo define quem você realmente é? Quem é você?

Essa pergunta "Quem sou eu" permeia o pensamento humano desde muito tempo. Filosofias, religiões e até mesmo ideologias políticas foram criadas na expectativa de responder uma questão simples: O que é ser humano? Eu acho, particularmente, interessante essa questão porque ela provoca uma dissolução de algo tão caro nos tempos atuais, que é a ideia de uma identidade. Me explico!

Atualmente valorizamos nossa identidade como sendo a resposta para a pergunta "quem sou eu", logo ela se torna aquilo mais valioso, do qual somente nós mesmos temos acesso. A noção de identidade está entrelaçada a outro conceito, a subjetividade. Hoje em dia apostamos na nossa interioridade como a referência para isso que dizemos ser eu.

Mas o que realmente queremos dizer quando dizemos Eu?

Ao observar uma criança em desenvolvimento é perceptível que esse espaço do eu é uma conquista do tempo. A criança aprende que ela é um eu diferente de um outro, e a medida que se desenvolve reveste esse eu com as máscaras necessárias para o convívio social.

Aparentemente responder essa pergunta "quem sou eu" nos remete a uma separação do todo para enxergarmos algo que nos é próprio, exclusivo, pessoal. Um processo que podemos chamar de individualização. Porém na medida em que a jornada avança o processo se torna muito mais abrir mão dessa pessoalidade e se desfazer na impessoalidade da existência.

Seria algo como uma gota, depois de experimentar ser uma gota, ela se desmanchar no mar. Eu desconfio que algo assim acontece com a gente. Depois da experiência de ser um sujeito único retornamos pro oceano impessoal da existência humana.

Essa temática da natureza humana me é fascinante. Tenho em mãos um material interessante sobre essa questão e desejo aprofundar mais nessa discussão por aqui a medida que avanço nas leituras.

Volte aqui mais tarde!