Corpo e Mente

Desde os primórdios do pensamento humano essa dualidade, corpo e mente, suscitou inúmeras ideias a respeito da constituição humana. Se renunciarmos a uma perspectiva hierárquica conseguiremos perceber a dignidade de cada um desses conceitos. O corpo com sua concretude inerente nos permite, através dos sentidos, percebermos a materialidade do mundo a nossa volta, seus cheiros, seus sons, suas cores e temperaturas nos garante uma certeza material.

Real é tudo aquilo que existe, que eu posso tocar, ver e sentir. Essa compreensão pode nos servir de ponto de partida para construirmos uma visão de mundo. Porém, ela deixará de fora uma série de fenômenos e experiencias que não cabem dentro de uma perspectiva, exclusivamente, material do mundo.

Não me parece justo reduzir uma experiencia emocional, como o amor, a meras alterações químicas no organismo. Mais injusto ainda me parece ser a redução da existência humana, exclusivamente, ao corpo. Sem dúvida o corpo é uma matriz essencial para os nossos sentidos e símbolos. É por essa razão que te convidei a renunciar a lógica hierárquica ao olharmos essas duas instâncias. E o que dizer da redução da mente a mero epifenômeno cerebral? Não te parece nem um pouco injusto?

A mim parece e por essa razão venho despertando esse interesse em compreender melhor as nuances dessa dualidade, desde suas heranças filosóficas, seus contextos históricos, seus teóricos, seus acertos, seus erros e tudo mais que eu encontrar pelo caminho.

O desenvolvimento do nosso conhecimento humano nos conduziu a um estilo de vida contemporâneo extremamente tecnológico. Um bilionário russo disse à BBC: "Nos próximos 30 anos, farei com que todos nós possamos viver para sempre".

Itskov, o bilionário, está investindo uma fortuna num projeto ambicioso que consiste em transportar a personalidade humana para um “corpo” completamente novo.

Tal afirmação me instiga a uma série de questionamentos. O que se entende por personalidade? O que é a mente? Como funciona a dinâmica psicossomática? Como minha mente é capaz de criar sintomas sem haver uma disfunção orgânica correspondente?

Essas e mais algumas perguntas me inspiram a buscar algumas respostas e desenvolver novos questionamentos. Desejo que nesse espaço eu possa compartilhar com você algumas das minhas descobertas! Passa lá na aba do blog que eu estarei por lá compartilhando textos das coisas que li, vivi e ouvi.

Com carinho, Amanda.